domingo, 4 de dezembro de 2011

Minha resposta pra você

*** Antes de começar, clique na imagem ao lado pra escutar a música, mas depois volta pra aqui, viu! ***

Me perco e me encontro em seus braços.
Num piscar de olhos aqui, no minuto seguinte, sozinha.
E aquela sensação de que algo está fora do lugar, mesmo sendo o melhor que poderia fazer agora.
Entre diversas escolhas, escolhi permanecer sã. Mas quem disse que eu ainda estou?
Escolhas refletem perdas e ganhos.
Mas quem nos ensinou que a perda faz parte da nossa existência?
Definitavamente não me ensinaram. E por isso escolher é tão doloroso.
Em busca de mim mesma. Do meu lugar.
Por vezes me vejo ainda embassada.
Em outros momentos, nítida demais.
Nítida demais para mim.
Nem sempre é possível ir de encontro ao que se quer.
Algumas vezes, correr ao encontro do que se quer não é a melhor opção.
Em algumas situações é preciso olhar com calma.
Sentir-se.
Ter certeza.
Estudar-se naquela situação.
E deixar-se saborear as possibilidades ao redor.
Com calma. Sem pressa.
Devagar demais para uma alma explosiva e que se conhece acomodada.
Lento demais para nossos desejos.
Para os milhares de planos que traçamos.
Moroso demais para aceitarmos essa distância como necessária.
Demorando-se em um tempo muito maior do que aquele que você julgaria ser aceitável.
Não posso correr para um lugar que ainda não sei qual é.
A passos de tartaruga vejo o destino despretensiosamente lançar o tapete a minha frente.
E não há como acelerá-lo.
Ele não se rende aos meus pedidos.
Então continuo.
Sigo tateando por mim mesma.
Tateando as possibilidades na velocidade que minhas pernas permitem.
Esperando que você entenda.
E não se entristeça muito por mais que essa distância tome tanto espaço assim.
Espaço e tempo muito maiores do que aqueles que desejaríamos.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Possibilidades

Invento e me reinvento a cada instante, como se fosse possível reconstruir-se diferente. Novos olhos, nova boca, novos pensamentos. Sou o resultado de minhas vivências e lembranças, aquilo que carrego comigo e que, dolorosamente ou não, não abro mão. Me transformo nas palavras que falo e, principalmente, naquelas que me nego a falar. Sou luz e escuridão, algoz e salvador de mim mesma. Sou contradição e movimento. Mudança constante. Sou a imagem que vejo refletida no espelho dos meus olhos. As vezes em cores fortes e também em preto e branco. Sou a imagem que permito que tenham de mim. Sou a realidade que apreendo e da forma que eu compreendo. Verdade ou mentira dependem do meu olhar. Ações possuem o gosto amargo ou doce que eu conseguir saborear. Depois de algum tempo, não importa como realmente foi, mas a forma que eu absorvi daquilo. Sou cada pensamento que tenho. O desejo de sair do lugar. Mas também sou inércia. Sou amor e ódio. Sou o sentimento guardado queimando no peito. Sou silêncio ensurdecedor. Sou a vontade de tornar-me melhor. Sou a possibilidade de me inventar e reinventar a cada instante.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

De como pensar no Natal me fez olhar para mim mesma

Dia desses, almoçando aqui pertinho, acabei escutando a conversa de uma mesa vizinha (sim, é muito feio fazer isso tsc tsc tsc)... E elas estavam falando sobre o Natal...

Na hora meu pensamento foi longe. Onde? Em uma cena completa: pessoas felizes, crianças correndo ao redor, aquela fraternidade no ar, mesa farta, música feliz, uma árvore de Natal lindaaaaa!!! Sim, parece coisa de novela, né. Mas saiu dos meus sonhos e desejos mais profundos. Claro que isso tudo é bonito, mas não se sustenta durante o ano. As famílias costumam se unir no Natal (e quando fazem isso!), mas no restante do ano é cada um para o seu lado. Mas esse ano eu queria justamente comemorar a família. A minha família. Queria dar as boas vindas para uma família que nasceu esse ano: a minha, eu e marido!!!

E isso me traz uma felicidade tão grande, uma emoção tão grande, que foi impossível não me emocionar, tanto agora quanto no restaurante cheio de gente daquele dia. Uma emoção boba, sabe, ingênua também. Por estar construindo uma família. Simples assim.

Claro que de fácil isso não tem nada. Construir uma família, criar filhos não é nada fácil. Mas, acima de todas as dificuldades que eu e marido já passamos, pelas outros montes que provavelmente iremos passar, eu queria, nesse Natal, mais do que nunca, brindar pela vida.

É claro que as coisas nem sempre são tão maravilhosas quanto parecem. Nem a vida é tão fácil como costumam tanto pregar. Vivemos porque somos insistentes. Porque não desistimos. Mesmo quando os dias surgem com lágrimas. Mesmo quando um novo amanhecer não significa exatamente novas esperanças. Mesmo assim a gente continua. Continua por esperar algo melhor. Por querer algo melhor.

Mas realmente não basta apenas querer. Não adianta ficar quietinha, paradinha, pedindo aos céus. Isso não conta.

Conta se o seu silêncio for sinal de conversa interior. Autodescobrimento.
Descobrir-se. Conhecer-se. Saber suas características. Todas elas, tanto as que te facilitam quanto e, principalmente, aquelas que te complicam a vida também. Porque é se conhecendo que podemos nos perguntar "e agora?". Ou então corremos o risco de ficar por ai, andando, andando sem saber para onde ir, sem saber para onde estamos indo.

Não, não falo para pregar nada. Longe de mim isso. A verdade é que falo para mim mesma. Assim como em uma análise que, ao falarmos em voz alta estamos falando para nós mesmos, escrever, para mim, é exatamente isso. Ao mesmo tempo que escrevo preciso ler para mim mesma. E assim vou me dando conta. Minha ousadia é falar isso e, quem sabe, encontrar um eco em algum lugar. Em mim mesma...

Tenho esperanças mil, mas ainda não sei para onde ir. Às vezes me pergunto se um dia saberei. E também não sei responder essa pergunta. Claro que as vezes penso em desistir de buscar. De fazer o mesmo que tanta e tanta gente. Apenas acordar, fazer o que se deve e pronto. Mas aqui dentro de mim, mas forte do que mim mesma, eu não consigo. Tem algo em mim que me impulsiona para algo que eu não sei o que é. E esse sentimento, tanto quanto louco e indecifrável, é o que me faz continuar, não desistir.

Escrever, nesse momento, é mais do que um simples passatempo. É uma forma de não enlouquecer (por mais que parece que eu já esteja rsrs). Agora, com tantas mudanças que vieram tão de repente, trabalhando de casa, longe de tantos queridos, sem a risada despretensiosa no meio do dia, ou o almoço com companhias tão prazerosas, com tudo isso, escrever se tornou algo bem maior. Uma forma de falar. Uma forma de conversa. Uma forma de ficar sã, sabe. Uma forma de encontrar um eco em algum lugar, além de em mim mesma. De manter as idéias em ordem.

Tenho me permitido cada vez estar sozinha. Não com aquela solidão pesada que vem com tristeza e dor. Mas um estar sozinha para poder ouvir a mim mesma. Olhar pela janela e, olhando para horizonte, ver a mim mesma. E, ao olhar para esse céu cinzento ou para os carros que surgem a cada segundo, conseguir enxergar o que eu ainda não consegui ou não pude ver.

Se eu pudesse resumir assim, bem simples, o que eu busco, seria "me conhecer melhor". Ousado, eu sei. Mas quem disse que não seria?

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Alegrando a casa com flores


É tão gostoso isso... Apenas sair de casa e dar uma volta na vizinhança. E ter onde olhar. Ainda não tinha morado em um bairro que tivesse uma infraestrutura legal, sabe. Calçada boa de se andar. Não precisando desviar de lixo no meio da rua. Ter que ir em uma padaria que não fosse muito boa e nem tão perto assim. Ter que pegar o carro para ir ao shopping. Não ter muitas opções por perto.

Não fiquei metida não, viu! Mas estou curtindo tudo o que posso isso tudo tão ao meu alcance.

E o que coopera para isso é que não fazemos as refeições em casa porque o carro não coube toda a tralha que temos em casa. Então deixamos na nossa amada casinha todos os artigos de cozinha, ou seja, por aqui, só lanchinhos rápidos.

Foi então que, em um dos primeiros dias aqui em Sampa, depois de uma voltinha pós almoço, fui a caça de um carrinho de feira para fazer as comprinhas (ah, o mercado é tão pertinho). Acabei voltando sem o carrinho, mas não voltei com as mãos abanando, não. Trouxe duas companheiras: um vasinho de gérberas rosas e outro de margaridinhas brancas.

A garoazinha começou, apertei o passo e voltei pra casa.

Vasinhos em punho, já os espalhei pela casa. Um para dar as boas vindas a quem entrar. E outro para trazer alegrias para a cozinha ou deliciar nossa visão enquanto estivermos no sofá. Ai ai... Delícia demais!!!

Ah, o quadrinho fofo foi presente do meu vôzinho... Saudades, vô!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Por onde o pensamento for

*** Antes de começar, aperte SHIFT + clique na imagem ao lado pra escutar a playlist, mas depois volta pra aqui, viu! ***

Meu pensamento vai longe... Como sempre foi.
Nova cidade. Nova vizinhança. Nova vida. Coração cheio de esperanças. Esperança... Esperança de mudança. Esperança de recomeço. Esperança de aprendizado. Aprender a se aceitar acima de tudo. Aprender a utilizar suas próprias características a seu próprio favor. Autoconhecimento.
É claro que mudar de cidade não garante nada por si só. Não sou ingênua a acreditar nisso. Não é a mudança por si mesma. Mas o sentimento por trás dela, entende? A vontade. Claro que também sei que o próprio dia a dia acaba desgastando essa mesma vontade. Também não sou ingênua a ponto de acreditar em uma vida cor de rosa daqui pra frente (mesmo que eu continue sonhando com ela rsrs).

Não, não escrevo triste. Não me leia assim. Também não me leia como se eu estivesse triste no Rio, não, definitivamente não estava. Mas estou com aquele sentimento gostoso que temos quando fazemos algo ousado, mesmo que tenha sido só um pouquinho de ousadia. Mantendo um dos pés no chão. Mas apenas um, para que eu não esqueça de sonhar.

Estou aprendendo a não prometer nada. Apenas a mim mesma. Buscar cada vez mais a minha felicidade. Acima de tudo!

*** Não está entendendo nadinha de nada? Pois então, é que agora estou na terra da garoa, em Sampa. Marido transferido, lá viemos nós com o coração apertadinho de saudade de nossos queridos e a alma cheia de boas esperanças! ***

domingo, 28 de agosto de 2011

Efemeridade


Era dia. Agora é noite.
Estava alegre. Agora estou só.

Passou como passa um suspiro. Como se os ponteiros do relógio só tivessem segundos para contar.
Fecho os meus olhos e ainda posso sentí-lo aqui. O seu abraço. O seu sorriso. O seu beijo.

Aqui ao meu lado. Agora tão longe.
Estavas aqui. Agora não mais.


Fonte: internet

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Rapidinha

Estou colocando a mammy pra trabalhar no casório! E sabe do que mais? Acho que ela está adorando!!!
E eu também!!!