Vida de noiva

Sabem como é noiva? É aquela pessoa que fica triste se não olhar todas as novidades de todos os blogs que falam sobre casamento. E se vc acha que estou sendo exagerada, não se engane. Quando eu digo todos são todos mesmo! Noiva vai atrás de tudo, quer saber sobre todas as tendências, quer juntar o que tem em mente com aquilo de legal que está sendo feito por aí.

É algo maior que a gente. Nós precisamos saber o que acontece. É mais forte do que a gente. Ser noiva é um estado de espírito (eita, alguma semelhança com "Amar é ..." não é mera coincidência rsrs). É se emocionar com o relato de outra noiva. É querer que todos os casamentos sejam para sempre, que sejam muito mais felizes do que o dia tão esperado do casamento. É chorar a toa, e se estressar a toa também. Um simples detalhe, não é só um detalhe para uma noiva, é essencial. Todas as pequenas coisinhas são mega importantes. A gente vive intensamente cada instante. É como se a gente tivesse em uma TPM e alegria constantes. rsrs

Mas muito mais do que uma mesa linda de doces, uma festa de surpreender a todos, de conseguir fazer todos os detalhes que estão na moda, ou contratar aquele profissional que está mega na moda, casar é compartilhar sonhos, unir vidas. E isso é o mais importante. Parece bobagem dizer coisas tão óbvias. Mas nos esquecemos das coisas mais básicas quando não nos damos tempo para pensar, sabe. O tempo passa e começamos a fazer as coisas meio que no automático e depois ficamos com aquele gostinho na boca de que "não é bem assim".


As vezes precisamos voltar ao ponto de partida, relembrar nossos objetivos, aquilo que realmente queremos. E, talvez, até rever algumas decisões que tomamos. Toda a festa é apenas uma consequência de algo muito mais importante: a união de duas pessoas que se gostam, que se propõem a viver juntas.


Não há problema nenhum em, de vez em quando, voltar a esse objetivo e, depois, seguir em frente.

Posso te tirar para dançar?

Como ao som de uma melodia, vou me imiscuindo entre as pessoas, por vezes me perdendo entre a realidade e o sonho, me misturando com o outro, trazendo coisas que nem sempre são minhas. Para depois, no meio de uma grande dualidade, me descobrir. Posso dizer que estou em uma viagem de auto-conhecimento, por mais que isso seja clichê. Essa jornada começou anos atrás, ironicamente com o término de meu primeiro namoro e tem durado vários anos... (Mas não digo quantos! rsrs) Mesmo com toda a impossibilidade dessa lógica, ao me deixar levar é quando reapareço surpreendida com uma nova descoberta. Descubro a mim mesma. Um pouco mais a cada dia.

E é aí que voltamos ao motivo desse post. Quando imaginei, idealizei e fui pintando o sonho de ter um blog (o primeiro foi o A Casa da Tricia), buscava uma forma de me expressar, tinha descoberto outra faceta minha: o amor pelo belo, por lidar com pessoas. O ser humano me atrai, lidar com ele e com suas mil e uma facetas, aprender com ele... Um novo horizonte a ser conhecido com todas as suas possibilidades.

Esse desejo foi crescendo aos poucos, tomando forma com o tempo. Nasceu como um hobby, o artesanato, e agora surge como uma nova possibilidade de vida. E assim vou mudando, focando meu desejo, descobrindo e redescobrindo o caminho que pretendo seguir.

É bem verdade que nem sempre fiquei satisfeita com essas transformações, as mudanças sempre constantes de gostos e desgostos. Como se eu própria não me conhecesse. E se eu enjoar disso? Tenho certeza que vou por esse caminho? E se eu mudar de idéia? Eram questionamentos que reapareciam constantemente.

E mais uma vez me deparo com um desses momentos. O casamento me fez adiar algumas coisas. Não há como abraçar o mundo com as pernas, como se diz. Não há como ter-se tudo. Então minha opção foi por um pequeno adiamento. E me concentrar em um momento tão lindo quanto estressante. rsrs

E como ficava o blog nisso tudo? Eu não sabia. Apesar de não saber como fazer, sempre concordei que um blog precisa ter um objetivo. Os melhores blogs são justamente os que abordam um único tema.

Pensei em criar outro blog sobre casamento. Mas desisti. Não tenho a pretensão de ser um blog sobre pesquisa nessa área, aliás, já existem tantos maravilhosos por aí. Queria mesmo era falar, ou melhor, escrever sobre minhas experiências. Adoro escrever. De verdade. É muito legal compartilhar sentimentos, trocar experiências com pessoas que sentem o mesmo que vc.

Então surgiu o O Diário da Tricia, minha segunda cria. Nesse posso abusar de minha característica um pouco camaleoa (vixe, ficou até bonito isso hein rsrs). Como em um diário, aqui conto sobre minhas transformações.

Prioridades

Como já disse aqui, decidimos alterar o local de nosso casamento. Do Rio para o Sul Fluminense.

E com isso mudamos várias outros pontos: será um casamento mais intimista e, consequentemente, com uma lista de convidados restrita, a decoração também será mais simples, principalmente a decoração floral. Posso dizer, do fundo do meu coração, que não estou abrindo a mão de nada. Hoje, quando olho para casamentos pomposos, acho bonito, mas vejo que realmente que não combinam comigo. E isso, surpreendemente, não me causa tristeza. Pelo contrário, fico muito feliz por ter encontrado o jeitinho do meu casamento, algo que, agora, combina comigo e com o noivo. Tem coisa melhor do que isso? Vai ser o nosso casamento, com a nossa cara. Melhor não há!

Mesmo assim tem algumas coisas que continuo não abrindo mão:

Vou participar de todas as decisões, fazer todas as escolhas

  Tem coisa melhor do que escolher cada item do casamento pessoalmente? Pelo menos eu adoro demais! Visitar todos os sites relacionados a um determinado item, sonhar junto com as fotos...

Foto e vídeo

  Um dos itens que mais pesam no orçamento, e que mais me fascinam. Para mim essas recordações são eternas e valem a pena. Enquanto vc paga caro por itens que irão durar apenas durante as poucas horas da comemoração, foto e video duram por muito tempo. Então, também não abro mão.

Cada um tem as suas próprias prioridades. Sua própria essência. O melhor é tentar não fugir dela.

Sem pedido e com amor

Fechar os olhos. Como voltar no tempo. Relembrar. Reviver. Lembranças. Nem todas boas. Mas todas minhas. Nossas lembranças. Nossa história. Contratempos mil. Às vezes me pego pensando em como poderia descrever nosso relacionamento, com verdade mas sem magoar ninguém. Por outro lado, demonstrando que estamos juntos, afinal. E vou plagiar uma noivinha casadinha, a Tamara, que soube escrever com tanta delicadeza: "Nossa história começou em um tempo" não "tão distante com muita irresponsabilidade, muita dor de cabeça e muito amor para persistir apesar de tudo e de muitos." E foi exatamente assim. Muita teimosia, muita vontade de estar junto, de conviver com diferenças mil e com semelhanças sem tamanho.

Nosso noivado não teve pedido, nem anel e nem o noivo ajoelhado aos pés da noiva. Não que a noiva não quisesse, e não que a noiva não fale diretamente ao noivo que ainda quer isso. rsrs Mas nem sempre pedidos são necessários. Tem vezes que parece que as coisas não estão progredindo, que não há como progredir. E nessas horas é preciso dar uma forcinha para a vida. A forcinha quem deu fui eu. Ele veio com a calma, a aversão às mudanças. Mudanças que eu insisto em impor, em fazer.

Três anos fazem que estamos juntos. E nunca imaginei que estarei aqui. Também nunca imaginei que não estaria aqui, que estaria em outro lugar qualquer sem a sua presença. Quando lembro de casamento, de como falávamos disso no início, com toda aquela emoção que só os apaixonados tem para entrar de cabeça em coisas indefinidas como se fossem as mais certas do universo, para falar de todos os assuntos sem ter medo do futuro. Foi exatamente nesse momento, junto com toda a nossa paixão e descobrimento mútuo, que falávamos sobre casamento. Lembro de um deles. Noivo estava viajando, eu estava na hora do almoço, andando pela rua e falando ao telefone com ele. E começamos a descrever o que seria o casamento pra gente. E, inacreditavelmente, era a mesma coisa. Casar em um local ao ar livre, cerimônia no mesmo local da festa. Lembro de ter ficado muito emocionada. Nós descrevíamos, um para o outro, exatamente nossos desejos mútuos, mas sem que soubéssemos. Foi realmente muito emocionante.

Quando começamos a procurar casas de festas, de início comecei a procurar algo parecido com a imagem que tinha de nosso antigo telefonema. Mas nesse tempo acabamos nos perdendo. Sendo sincera, posso dizer que acabei me perdendo. Noivo nunca foi tão ligado nesses preparativos loucos. Para ele um churrasco durante o dia seria perfeito (o que foi terminantemente vetado pela noiva. Imagina se ela ficaria com cheiro de fumaça no cabelo ou receberia os convidados que viriam de chinelo!). Tantas matérias, reportagens, emails do grupo Yahoo Noivas RJ, tantos blogs, tanto de tudo que a noiva se perdeu e voou longe. Tudo tão lindo, cada detalhe tão delicado. No entanto, muitos sonhos tem preço e, o sonho de um casamento também tem, e é bem caro. Provavelmente quem ainda não participou da organização de um casamento não tem idéia de como é trabalhoso, exaustivo e absurdamente caro.

Foi então que nossa ficha começou a cair. Juntamos a isso a conversa da noiva com um de seus padrinhos e ao fato de noiva e noivo serem padrinhos e, finalmente juntos, olharem de bem pertinho esse mundo. Foi então que começamos a voltar em busca de nosso sonho. Casar ao ar livre, com bastante verde, cerimônia e festa em um mesmo lugar.

Lembramos do convite que recebemos semanas antes de comemorar nossa união em um lugar que sempre estivemos, pano de fundo para nossos finais de semana de descanso e paz. Por que não? Nos perguntamos. E foi assim que nossos planos mudaram totalmente. Casar em outra cidade, com outras metas seria brusco demais. Mas teria realmente a nossa cara, como sempre pensamos.

No final de semana seguinte fomos para lá. Precisávamos dizer sim para o convite recebido. E além de tudo, recomeçar uma busca de fornecedores em um local onde não conhecíamos absolutamente nada. Poderíamos contar com a ajuda dos tios do noivo (que, aliás, a noiva já adotou por seus tios também), mas ficar abusando demais não faz parte da característica nem do noivo e nem da noiva. Então isso seria mais um desafio.

Surpreendentemente as coisas aconteceram muito bem. Os tios adoraram e nem imaginaram que a noiva já tinha imaginado tantos detalhes: onde ficaria a pista de dança, a cerimônia religiosa, as mesas dos convidados. Tão bom sentir a felicidade e surpresa boa na voz deles!

E, exatamente, dezoito dias depois já temos o tão desejado lugar dos sonhos. A saga "Em busca da casa de festas dos sonhos" chegou ao fim. Parece inacreditável, mas é verdade. Já temos a casa de festas de nossos sonhos. Na verdade, ainda mais linda do que em nossos sonhos.

Casas de festa no Rio de Janeiro

Quando nos decidimos em casar, o primeiro serviço que procuramos foi onde seria a nossa comemoração. Tínhamos até um dia especial, o aniversário de ano de namoro, mas como a cerimônia seria no mesmo local da festa, o dia nem era o mais importante. O local, esse sim, era o mais importante. Escolhendo o lugar e a data poderíamos deslanchar com tudo o mais.

Procurei em diversos sites, blogs, relatos de noivas, visitava milhares de sites de locais, anotava cada uma das dicas do grupo do Yahoo Noivas RJ, tudinho. Mas isso começou a me deixar confusa.

Para cada final de semana eu abria um novo arquivo de texto e escrevia as casas de festa que visitaríamos. E fui perdendo o controle das coisas... Qual o preço mesmo dessa casa de festas? Eu já mandei email pra essa? Qual foi mesmo o local que mandei email ontem? Qual é mesmo o nome da segunda casa de festas que eu fui ontem e gostei?

É claro que eu já tinha separado uma pastinha física para cada assunto que eu já tinha algum contato. Também criei uma pasta digital para guardar tudo o que eu achasse net afora. Mas a confusão imperava. Por isso, como primeira e grande dica que eu guardo para mim é: se organize. Organize-se a sua maneira.

Com relação a casa de festas, primeiro criei uma pasta no computador, depois usei dois sites que me ajudaram muito no início dos preparativos, ambos não são mais atualizados porque as meninas já viraram casadíssimas, mas os blogs continuam ativos (e devem ficar ainda até 2011): Juntando os Dicionários e Os mecatrônicos vão casar. Do primeiro eu tirei uma lista maravilhosa de casas de festas. O segundo mostra uma forma maravilhosa de comparar os preços entre diversos locais.

A planilha da Elly foi ótima para eu ter noção do quanto gastaria no casamento. Eu já tinha alguns orçamentos por já ter ido em uma feira de noivas em Niterói, o que foi ótimo para termos uma idéia do valor e dos fornecedores. Mas para acompanhar quais casas vc gostou, quais estão fora do seu orçamento ou por outro motivo qualquer, prefiro a lista da Natália. Inclusive inseri alguns locais a mais na lista. Você vai encontrar a lista atualizada aqui.

Dica: use essa para ter um controle das que já visitou, faça um risco de lápis naquelas que não gostou (é legal escrever um breve motivo para vc sempre lembrar), e um asterístico nas que mais gostou. Tendo as que mais gostou aí vc pode colocá-las na planilha da Elly e então comparar os serviços oferecidos por cada uma e o preço. Essa comparação é ótima para buscar um descontinho na favorita também.

Nos aguardem

Passei o finalzinho de terça fazendo diversos posts programados para o bloguito. Tem tanta coisa que quero falar aqui que o tempo me falta. Seria ótimo se todo o final de semana eu conseguisse programar os posts. Mas sem planos porque vida de noiva já é complicada, como a noiva sou eu, então nem se fala. rsrs

Nesse momento estarei a caminho do Local dos Nossos Sonhos. Como ele não é uma casa de festas, passarei a chamá-lo assim. Vamos nos encontrar com alguns fornecedores, visitar alguns salões de cabeleireiro para o Dia da Noiva, talvez alguns hotéis também.

Como decidimos nos casar no Sul Fluminense, longe de onde moramos, não é tão simples conseguirmos fornecedores. Muito menos sites que mostrem fotos de festas feitas lá. Por isso cada final de semana será um tempo precioso que teremos.

Por isso cruzem os dedos, tenham pensamentos positivos e nos desejem tudo de bom!!!

Emoção a flor da pele

Como poderia deixar de ser assim? Uma flor, um laço, um carinho, um beijo roubado, um sorriso sincero, uma doce lembrança, abrir os olhos e receber um beijinho, uma mensagem cheia de carinho, uma voz suave, uma vida inteira pela frente.

Como se render a tudo isso? Emoção que salta aos olhos. Que fala pela gente. Que toma completamente mesmo sem a gente deixar. Que nos domina. Que vem sem avisar.

Fico tentando entender o motivo, e, sinceramente, não entendo. Fico buscando por quês, inutilmente. Eles não são convidados de nossa história. Não há lógica, não há razão, mesmo se tratando de dois engenheiros. Nós dois sabemos disso. Temos muitas semelhanças, como infinitas diferenças. Mas a teimosia é algo que veio bem a calhar nos dois.

Teimosos. Simplesmente não nos rendemos. E posso dizer que, além de resistirmos a tudo e a todos, tanta coisa adversa, tanta situação que nos falava baixinho "não", também tivemos que resistir a nós mesmos. A nossas dúvidas. Aos nossos medos. A nossas personalidades tão fortes. A menina quieta, mas com gênio forte. O menino brincalhão, mas com manias e crenças de velho. Fizemos nosso próprio destino. Fizemos nossa própria história.

História de conquista. Na verdade, isso foi o que realmente me conquistou. Sua teimosia mais uma vez se fez presente. E como era bom deliciar-me nisso, em ser conquistada. Não fique convencido não, mas tenho que reconhecer "Vc conseguiu!". E não apenas conseguiu como me conquistou por completo.

O seu amor dá a tranquilidade. E o meu oferece umas ondinhas para a gente não cair na rotina.

Mas se vc me conquistou para iniciarmos toda a nossa história. Meu papel foi essencial para nos unirmos definitivamente. Dei uma "forcinha" para juntarmos nossos trapinhos. Apostando em algo que nenhum de nós dois podemos vislumbrar de verdade, mas um futuro que estamos olhando com olhos de amor, esperança, felicidade. E, claro, sabendo que vem muito trabalho pela frente. Mas, também, muitas noites dormindo de pernas entrelaçadas. Porque, afinal, eu não conseguiria dormir sem isso...

Ser noiva é...

Quando me pego pensando em casamento, parece que sempre foi assim. Mas a verdade é que nem sempre foi assim.

Quando criança lembro de fazer desenhos e planos. Planos compostos por eu e minha filha somente. Sem pai. Sem marido. Sem mais ninguém. Ah, e cachorros. Muitos cachorros!

E, de repente, não mais que de repente, tudo muda. Muda minha cabeça. Mudam meus pensamentos. Mudam meus sentimentos. E parece que isso sempre esteve comigo. Parece que sempre foi assim. A família aumentou. Aumentou em meu coração. Coração com marido, filha e filho.

E foi assim que entrei nesse mundo. De repente. Sem planejamentos. Em maio desse ano me decidi. Na volta de uma longa viagem a trabalho. Não conseguia dormir. Aproveitei para me decidir. Minha cabeça não pára, mesmo quando estou com sono. Naquela hora não tinha mais jeito. E foi assim. De namorados para noivos em um passe de mágicas. Nada de formalidades, anel no dedo ou jantares. Não era preciso. O acordo foi entre corações. Em julho tiramos férias juntos para começar nossa saga: Escolher a casa de festas. E foi então que as coisas começaram a tomar forma. Festa, lua-de-mel, apartamento. Escolhas, escolhas e mais escolhas.

Três meses depois, realmente parece que sempre estive aqui. Minha vontade é só falar sobre casamento. Quando eu estiver quieta, não duvide, estou pensando sobre casamento, sobre algum detalhe fofo, sobre alguma preocupação que só é preocupação na cabeça de noiva. Queria controlar o tempo, o clima, tudo o que não posso. Queria adiantar e atrasar o relógio por vezes consecutivas. Fazer com que todos os dias fossem belos dias de primavera, com o sol a brilhar calmamente, uma leve brisa, talvez algumas nuvens fofinhas só para tingir o céu azulzinho, passarinhos cantando ao longe, cheirinho de jasmim pelo caminho.

Ser noiva é um estado de espírito que parece não ter fim. É ter medo de que tudo isso acabe rápido e não saber mais como viver sem laços, fitas e idéias mirabolantes. É não aguentar mais viver com o tempo se arrastando, querer ver tudo pronto, no lugar. Ser noiva é se solidarizar com outra noiva, com cada pedido para que não chova no Big Day de alguém, se emocionando com cada detalhe. É selecionar um pedacinho de cada festa como se estivéssemos bordando uma colcha de retalhos com muito amor. É chorar, é rir. Mas tudo junto. Tudo ao mesmo tempo.

Dúvidas

Dúvidas do que será? Como poder ter certeza? Como saber?
E nesse não saber, um sentimento que consome, que não tem fim. Como ter certeza?
Não há como. Atirar-se ao que se acha. Talvez a unica solução. Ou então se afundar nos SEs, naquilo que poderia ter sido e não foi, no que poderia ter sido feito e não foi, nas possibilidades infinitas que se apresentam a nossa frente. 


Não há fim. Não há como livrar-se dela. Não há como viver sem ela.
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"Não existe meio de verificar qual é a boa decisão, pois não existe termo de comparação. Tudo é vivido pela primeira vez e sem preparação. Como se um ator entrasse em cena sem nunca ter ensaiado. Mas o que pode valer a vida, se o primeiro ensaio da vida já é a própria vida? É isso que faz com que a vida pareça sempre um esboço. No entanto, mesmo "esboço" não é a palavra certa porque um esboço é sempre um projeto de alguma coisa, a preparação de um quadro, ao passo que o esboço que é a nossa vida não é o esboço de nada, é um esboço sem quadro."

- A Insustentável Leveza do Ser, Milan Kundera

Se tão contrário a si é o mesmo Amor

Amor é um fogo que arde sem se ver
Luís Vaz de Camões

Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

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Saudade... SAUDADE. Saudaaaaadeeeee!

Falta de. Falta de alguém? Ou falta de si próprio?

Sentimento que pode inflamar o corpo, dominar pensamentos, fazer agir sem pensar. Chega a doer, todas as células vibrando em sintonia. Entretanto, sintonia que não é a sua. É outro ser. Algo sem controle. Sem rumo. Sem direção. Vício. Viajante sem planos. Trem descarrilado.

Mas é preciso tomar o leme desse barco. Não há como prosseguir sem direção. Deixar os dias seguirem sem planejamento. Somos os protagonistas de nossas próprias histórias. Não há como fingir. Como não querer ver. Responsáveis por cada uma de nossas atitudes. Inclusive por aquelas que não tomamos. Escolhas que deixamos na mão do outro. Somos responsáveis pela não escolha. Por não decidirmos por nós mesmo. Nossas escolhas e, principalmente, a falta delas, geram consequências que não podemos nos opor a receber.

Escolhas. Boas. Ruins. Mas sempre escolhas nossas.

Escolha de sentir saudade. Saudade do passado. Do presente. Do que ainda nem veio ainda. Do outro. De quem está ao nosso lado fisicamente. De quem está prestes a partir. Do beijo roubado. Do romantismo a beira da praia. Mãos apertadas furtivamente. Do desejo escondido. Do que não pode ser dito. Daquilo que não há como ser dito. Do sorriso e brilho no olhar guardados em uma fotografia. Saudade do que nem sabemos. Simplesmente saudade.

Amizade

Amizade... O que é uma amizade? Aquela pessoa que sabemos que podemos contar sempre mas com quem temos um desencontro de personalidades? A lembrança do colo e do carinho do passado? A pessoa com quem escolhemos trilhar uma vida em comum? A conversa de bar? Risos e trocas de experiências com pessoas que temos poucas afinidades? Alguém da familia? Nossos pais? Nós mesmos?

Quem poderia classificar a amizade? Na verdade, não há como definir. Somos seres únicos. E como seres únicos, com jeitos, personalidades e experiências variados, não faz muito sentido essas classificações.

Ontem foi casamento de um amigo da faculdade e pude encontrar pessoas que participaram de uma fase muito legal da minha vida: a faculdade. Tanta coisa aconteceu naquela época, coisas boas e outras nem tanto assim. E, tanto tempo depois, ver os meus amigos casados, alguns com filhos. Isso me deixou tão feliz! Muito mesmo!

Como eu fiz engenharia, a maior parte dos amigos daquela época eram meninos, claro. Com excessão da amiga lindalinda que fiz lá e carrego comigo até hoje! Então, como eram meninos, eles não eram amigos do tipo de conversar e tal, mas éramos amigos de estudar junto, brincar muito junto, ir para festas. Aquela turma toda, junta, me trouxe alegrias em um momento que foi bem complicado.

E agora, nos encontrando assim, cada um com sua vida, sua família, é muito legal. Claro que dá uma tristezinha de não estarmos tão próximos... Mas entendo que, às vezes, a distância faz parte.

Amigos também podem ser aqueles que passaram por nossas vidas e deixaram boas lembranças e, de vez em quando, nos reencontramos e relembramos desses bons momentos.

E assim surgiu

Como é que se inicia um blog, mesmo? Eu já tenho um, é verdade. E foi esse o motivo de criar esse aqui. Como assim? Deixe-me explicar então.

Tenho um outro blog, A Casa da Tricia, que comecei com o propósito de falar sobre as minhas artes. O fato é que não consegui respeitar isso. O motivo? Adoro escrever, a ponto de não conseguir me segurar. Quando menos esperava lá estava eu surpreendendo a mim mesma a falar sobre meus sentimentos em um blog de artes. Foi aí que começaram as dúvidas... "Se alguém começar a pesquisar sobre antigos posts vai achar tanta coisa não relacionada que é capaz de desistir da busca ou não entender do que realmente o blog fala". "No mesmo blog que eu pretendo usar mais ativamente no futuro, depois que eu me casar, vai estar arquivado coisas pessoais junto com assuntos ligados a trabalho". Pensei, pensei, pensei e pronto. Criei um novo blog, O Diário da Tricia. Bem criativo, não acham? rsrs

Ah, querem saber o que teremos por aqui? Bem, teremos de tudo, menos artes, claro. Porque isso você acha no A Casa da Tricia. rsrs

Então é isso, já é mais do que mega tarde e amanhã é dia de trabalho.

Até mais!